Estudantes de Medicina desenvolvem metodologia para melhorar atendimento a deficientes visuais

Dicas incluem falar diretamente com o paciente e avisá-lo antes de iniciar qualquer contato físico

28/02/2025

Um grupo de estudantes do quarto ano do curso de Medicina da UP desenvolveu um projeto em parceria com o Instituto Paranaense de Cegos (IPC) para orientar profissionais de saúde na realização de atendimento mais humanizado às pessoas com deficiência visual.

A iniciativa faz parte da disciplina de Participação Comunitária, que tem como objetivo ensinar, na prática, novas formas de humanizar, cada vez mais, o atendimento realizado aos pacientes desses futuros médicos.

Além de uma cartilha, os alunos também conduziram uma pesquisa de satisfação com os moradores do IPC e organizaram uma caminhada sensorial.

De acordo com a professora responsável pela iniciativa, Paula Michelon Toledo, o planejamento surgiu a partir de uma conversa com os moradores. “Os alunos desenvolveram a cartilha com dicas simples e efetivas, com o objetivo de facilitar a vida desses pacientes e tornar o atendimento mais assertivo”, detalha.

Embora os residentes do IPC contem com uma boa infraestrutura, os estudantes identificaram que a comunicação no atendimento médico poderia ser aprimorada. “Geralmente o médico conversa somente com o acompanhante e esquece de reconhecer a presença do deficiente visual”, explica Julia Meneguelli Goes, estudante de Medicina e participante do projeto.

Caminhada sensorial

Outra parte importante do projeto, a caminhada sensorial foi idealizada após os estudantes perceberam que os moradores gostam de fazer caminhadas e atividades físicas.

“Uma das ideias do projeto era criar alguma atividade que una a saúde mental com a ativação do metabolismo. Foi dessa forma que chegamos à caminhada sensorial, pensando no bem-estar dos pacientes”, conta Matheus Pimpão Silva, outro dos alunos responsáveis pelo projeto. Ele explica que as caminhadas serão semanais e sempre acompanhadas de um guia.

A cartilha já está presente em unidades básicas de saúde de Curitiba, Campo Largo e Ponta Grossa. Segundo a enfermeira e responsável técnica do IPC, Padwa Cristina, a cartilha está sendo fundamental para os atendimentos médicos externos dos moradores do instituto.

Ficamos extremamente felizes com a incrível iniciativa e o impacto positivo que os nossos alunos estão causando na comunidade!

Para mais informações sobre o projeto e o IPC, basta acessar o site do Instituto.

Confira a cartilha abaixo:

Galeria de fotos